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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Muito mais além do Cidadão Kane


Enquanto a Rede Globo chama a "Ley de Medios" da Argentina de autoritária e o fim da liberdade de expressão, o mundo aplaude a atitude da Suprema Corte argentina: "O próprio Relator Especial sobre Liberdade de Expressão da Organização das Nações Unidas (ONU), Frank La Rue, já reconheceu que a nova legislação é uma das mais avançadas do planeta e visa garantir exatamente a verdadeira liberdade de expressão, que não se confunde com a liberdade dos monopólios midiáticos."
Já no Reino Unido, dois anos após o escândalo que fechou o jornal "News of the world", de Robert Murdoch, Elisabeth II assinou na quarta-feira (30/10/2013) um decreto real em que ratifica a criação de uma instância administrativa de fiscalização da mídia. As novas regras, na terra da rainha, são um desdobramento do inquérito que apurou as práticas ilegais do jornal de Murdoch, como grampear e corromper funcionários públicos em busca de informações exclusivas.
Já aqui nas terras tupiniquins os políticos continuarão autorizados a controlar os meios de comunicação, em geral associados à Rede Globo, cujos tentáculos se espalham cada vez mais por todos os setores da mídia e do entretenimento, em completo desrespeito à Constituição de 1988 (os artigos 220, 221, 222 e 223).

Na Argentina, a Corte Suprema acaba de decretar o fim dos oligopólios. Ou melhor, do monopólio do grupo Clarín, dono de 25 licenças de rádio e tevê e 237 canais de tevê por assinatura. Os magistrados consideraram legal a "Lei de Mídia" aprovada em 2009 pelo congresso argentino, sob a bênção de Cristina Kirchner. As novas regras limitam o número e o aumento das concessões. Nenhum grupo midiático poderá ter mais de dez licenças ou alcançar além de 35% da população. Emissoras públicas e de movimentos sociais serão, ainda, reforçadas. Os donos da Clarín, solidariamente apoiados por seus congêneres no Brasil (advinham quem?), prometeram recorrer a Cortes internacionais. Por aqui, em terras tupiniquins, os barões da mídia não precisam chegar a tanto. Basta alegarem em rede nacional que a "Ley de Medios" é: "chavismo", "autoritária", "ultraje a liberdade de expressão" e assim por diante... Dessa forma, tá tudo resolvido, né?

Fontes: 


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